segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A entrevista segundo Magalhães



  • A entrevista implica relacionamento profissional em todos os sentidos:

  1. Na postura atenta e compreensiva, sem paternalismos;
  2. Na delicadeza do trato com o usuário do serviço, ouvindo-o, compreendo, enxergando-o como um sujeito de direitos.

  • Um bom entrevistador ouve muito e fala pouco; direciona as verbalizações do usuário para os objetivos do trabalho. As reflexões devem ser estimuladas e conselhos ou críticas, evitados;
  • Deve-se observar as peculiaridades da linguagem, o que não significa “falar igual” ou criticar o uso de uma linguagem diferente;
  • No caso de utilização de roteiro, este não pode adquirir  a feição de um questionário, pois é somente um norteador da ação ou da intervenção do profissional;
  • Em caso de realizar anotações deve-se explicarão usuário os motivos, bem como solicitar-lhe permissão para fazê-la
  • As entrevista podem ser livres, dirigidas ou semidirigidas;
     Questão do concurso do TJ-PE, 2017
A entrevista é uma das metodologias de intervenção do Assistente Social. Nesse sentido visando alcançar os objetivos propostos com essa metodologia de ação, há aspectos que devem ser observados pelo profissional no processo de realização dessa abordagem. Magalhães (2006) em suas argumentações aponta uma série de orientações a serem seguidas pelos profissionais quando forem utilizar a entrevista. De acordo com o disposto por Magalhães (2006), julgue as afirmativas abaixo, sobre a entrevista.
I. Em uma boa entrevista, o entrevistador precisa se aproximar do entrevistado e, para isso, precisa falar igual ao entrevistado.
II. Quando, na entrevista, há silêncio por parte do entrevistado, ao entrevistador compete interromper o silêncio já que não deve aguardar o entrevistado recuperar a fala.
III. Para a realização de uma boa entrevista o entrevistador deve direcionar as verbalizações do usuário para os objetivos do trabalho.
IV. Os roteiros de uma entrevista são fundamentais e devem ser utilizados pelo entrevistador como um questionário e que direciona a realização da entrevista rigidamente.
 V. Em uma entrevista, as reflexões devem ser estimuladas, e conselhos e críticas devem ser evitados.
Estão de acordo com o pensamento de Magalhães (2006) as afirmativas:
 A. I e II, apenas
 B. II e V, apenas
 C. III e V, apenas
D. III e IV, apenas
E. IV e V, apenas
Gabarito: C
Comentário
O item I está incorreto de acordo com Magalhães (2006, p. 48-49) “as peculiaridades da linguagem devem ser observadas, porque fornecem indícios importantes para a avaliação. Tal fato não significa ‘falar igual’ ou criticar o uso de uma linguagem diferente”.
O Item II está incorreto de acordo com Magalhães (2006, p. 49) “silêncios também são diálogos que comunicam mensagens. O profissional não deve precipitar-se em interrompê-la, mas aguardar e deixar que o próprio usuário retome a fala”.
O item III está correto de acordo com Magalhães (2006, p. 48) “um bom entrevistador ouve muito e fala pouco; direciona verbalizações do usuário para os objetivos do trabalho”.
O item IV está incorreto de acordo com Magalhães (2006, p. 49) “o roteiro [...] não pode adquirir a feição de questionário, pois é somente um norteador da ação ou da intervenção do profissional”.

O item V está correto de acordo com Magalhães (2006, p. 48) “as reflexões devem ser estimuladas, e conselhos ou críticas, evitados”.

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